Veja a crítica em espanhol, pelo site El Universo.com
Tradução Only Uckermann
Não importa o quão bem nós fazemos as coisas ou quanto esforço que colocamos em um trabalho, é provável que sejamos mal remunerados, ignorados ou que acabem nos 'jogando fora' , apesar dos elogios. Podemos passar uma eternidade a pensar que estamos a fazer bem as coisas, mas com o tempo ficamos presos no mesmo lugar. Isso se chama mediocridade.
Esta palavra não define de maneira justa a produção pseudocolombiana Kdabra, uma minissérie de treze capítulos que aborda a vida de um jovem bruxo chamado Luca, que faz Harry Potter em um exemplo de maturidade e sabedoria. Assim como o telespectador, o protagonista e o resto do elenco não tem muito no claro do que se trata esta aventura. Muitos deles ainda vagueia em torno de entregar as suas linhas, sem pensar.
De dois em dois capítulos eles nos deslumbram com uma intensa revelação que deveria deixar-nos boquiabertos, mas como eles, nós estamos em um mundo que não entendemos, e para ser honesto, eu não queria entender. Outros programas que tem ganhado aclamação popular e crítica sabem guardar seus segredos e como ir aos poucos revelando seus mistérios.
A diferença com outros seriados radica no elenco e na qualidade dos scripts. Neste caso, o espectador disfruta de um programa bem realizado do início ao fim. Reconhece o esforço presentes em cada quadro, plano e cenário. Cada cena é cuidadosamente construída, detalhando cada parte dela como se fosse uma pintura. A cinematografia nos dá um produto similar ou superior aos outros programas de seu tipo, fornecendo uma aura de suspense e realismo que os Heroes morreria por ter.
Como eu disse, o problema está com os atores. Com honrosas exceções, como a participação magistral do mexicano Damián Alcázar e da sempre bem recebida colombiana Margarita Rosa de Francisco, a produção nos mostra intérpretes reconhecidos por seus papéis em telenovelas.
Estes jovens atores não só trazem os seus destaques originais, mas também um talento que tem sido manchado com cada participaçãotelenovelesca. Além da inclusão do menino RBD, Christopher Uckermann, nos vemos imersos em um drama colegial onde só falta a coreografia espontânea perto dos armários escolares.
Outro ator que vem se destacando pela sua presença diabólica é Fabio Rubiano, o suposto pai de Luca, que maneja um caráter controlador e autoritário e cujas expressões de jamais revelam suas verdadeiras intenções. Além disso, por mais forte que soe, o maior inimigo da Kdabra acaba sendo nossa própria língua. Estou certo de que o diálogo interpretados no decorrer da série não seria ouvido apenas como ridículo em outro idioma.
Há uma diferença em expressar sentimentos, razões ou estranhos acontecimentos em nossa língua do que em uma língua estrangeira. A língua castelhana é mais poética, mais lírica, mais doce, apaixonada e muitas vezes se perde na tradução.
Em si, Kdabra acaba sendo um grande esforço, a primeira pedra em busca de uma melhor indústria de televisão da América Latina, a porta aberta para a produção de várias séries, com um conteúdo que lembra as grandes produções internacionais.
Sim, é uma série com um assunto nunca explorado na história da televisão, porém, mais que deixar-se levar por uma novidade, há que ter um ponto em comum, um lugar onde os espectadores fora deste mundo possam se relacionar com os personagens e não percam entre truques, acrobacias, e penteados incomuns.
Seja qual for o mistério por trás desta história, esta vai se esfumando como que por magia e necessitará de uma grande ilusão para que Kdabra não termine como um pé de cabra.
(autor da crítica)
1 comentários:
gostaria que alguem me explica-se se este critico esta falando mau do ucker que ele não é bom ator defina esta reportagem do critico ricardo po gentileza alguem por favor
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